FUNDADORES DA CIDADE DE BOITUVA

“POVO QUE NÃO TEM MEMÓRIA É CONDENADO
A REPETIR A HISTÓRIA”

(SANTAYANA)

MAS . . . , BOITUVA TEM MEMÓRIA! . . .

. . . EI-LA!

À GUISA DE PREFÁCIO. . .

Um amigo mui prezado, o Autor do presente volume, incumbiu-me de escrever o prefácio desta obra. Ela, no entanto, merecia que outra pessoa capacitada de melhores conhecimentos, inteligência, etc. - escrevesse a apresentação do livro, não este caipirinha de ôco da taquara. Mas, vamos tentar. Há já bastante tempo, alguém pediu-me para escrever “algo” sobre o finado poeta, Dr. Guilherme de Andrade de Almeida, conhecido universalmente como: GUILHERME DE ALMEIDA! Senti-me, então, como que enrolado em uma teia da qual dificilmente sairia. Tal como agora me ocorre. Lendo a obra ora prefaciada, não poderia deixar de avaliar o trabalho inaudito do Autor na pesquisa de fatos e ilustrações que enriquecem o livro. Só na inteligência aprimorada, persistente e forte, elucidará as gerações futuras sobre as lutas e vitórias desta terra das muitas cobras: “M’ boytuba”. Diz o ditado: “Quem muito fala, muito erra” por isso, vou parando por aqui. O Professor Olavo, antes de eu dar por terminado meu trabalho, receba meus parabéns pelo seu livro que, todos os futuros leitores apreciarão e, como eu agora, dar-lhe-ão seus parabéns.

Boituva, 23 de dezembro de 1993.

FRANCISCO DE OLIVEIRA FILHO

TODOS CANTAM SUA TERRA,

TAMBÉM VOU CANTAR A MINHA,
NAS DÉBEIS CORDAS DA LIRA
HEI DE FAZÊ-LA RAINHA!
- HEI DE DAR-LHE A REALEZA
EM QUE A MÃO DA NATUREZA
ESMEROU-SE EM QUANTO TINHA!

(Casimiro de Abreu, Minha Terra, v. 1-40)

TITULO I
DAS SESMARIAS À POSSE DAS TERRAS

CAPITULO I
O NOME

Meu primeiro contato com a cidade de Boituva se deu numa tarde de 14 de janeiro de 1954, quando pelo nosso Estado a fora e, mais precisamente, na Capital paulista, o grande assunto girava em torno dos preparativos para a comemoração, já bem próxima, do 4.º Centenário da fundação de São Paulo. Então, eu