formiga z

Z, a personagem principal deste filme é uma simples formiga operária descontente com a vida que tem e que passa a vida a questionar-se se merece viver se não pensar por si própria. Esta formiga está integrada numa colónia gigante, dividida rigidamente entre operários e soldados, pois todas as formigas nascem destinadas ou a serem operárias ou soldados devido à “ordem social” do formigueiro, ou seja, estas não têm qualquer alternativa. No entanto, esta pequena e insignificante personagem caracteriza a Filosofia, pois é autónoma quanto às suas ideias, questiona-se acerca de tudo o que a rodeia, levanta problemas que as outras formigas acham desnecessário, “Porque tem ele de cavar?”, “Porque tem de pôr o bem da colónia à frente de si próprio e dos seus próprios desejos?”, “Será que existe um lugar melhor?”… este tem uma grande capacidade crítica e não acredita em dogmas e por isso é acusado de pensar de mais. Daí levanta-se a seguinte questão o porquê de elas estarem felizes. Como é que alguém consegue ser feliz, se não tem qualquer opção de escolha na vida? A resposta a esta pergunta pode ser relacionada com a “Alegoria da Caverna” onde nos diz que o ser humano, quando obrigado a viver de acordo com certas circunstâncias, adapta-se de tal modo que essa situação, na qual ele é obrigado a viver toda a vida se torna na sua realidade. Se eu, como na “Alegoria da Caverna”, vivesse toda a minha vida algemada em grilhões a ver sobre sombras causadas por uma fogueira, essa tornava-se na minha realidade, a minha segurança e o meu próprio mundo do qual eu não abdicaria tão facilmente pois não conhecia mais nada para além disso. O mesmo se passa com as formigas da colónia de Z pois estas nunca viram mais nada na vida, tudo o que conhecem, está ali, dentro daqueles túneis escavados na terra.
Numa noite, Z estava a lamentar-se no bar quando uma formiga mais velha e bêbada lhe diz que existe um lugar melhor onde são realmente livres, a “Insetopia!”. As formigas não podiam saber