Formação econômica do brasil

1) A criação da empresa colonial baseada na grande propriedade, monocultura e no trabalho escravo fez parte do processo de acumulação primitiva de capital sendo assim um elemento do processo de formação do capitalismo moderno. Para Fernando Novais, a acumulação de capital pela camada empresária e a expansão do mercado consumidor de manufaturas criam ao mesmo tempo mercado e acumulação de capital.
O “exclusivo metropolitano”, que representava a imposição de preços reduzidos ao produto colonial e a venda da mercadoria metropolitana por preços elevados, acarretava na transferência da renda real da colônia para a metrópole, sendo classificado por Novais como instrumento de acumulação primitiva no interior do sistema colonial.

2) Mesmo com o ciclo de produtos, como o do açúcar e da mineração, a dupla forma de exploração da colônia – através do escravismo e do “exclusivo metropolitano” – permitia entender o limitado desenvolvimento da economia colonial uma vez que não possibilitava transformações.
Pode se concluir que o caráter do desenvolvimento da economia colonial era: extensivo, predatório e sem qualquer manifestação de mudança estrutural ou de progresso técnico. Assim, de acordo com Caio Prado Júnior, após três séculos de colonização a estrutura econômica e social permanece essencialmente a mesma.

3) Mesmo com limitações, o novo Estado passou a atuar com base nos interesses das classes sociais internas. Além disso, para João Cardoso de Mello, a queda do “exclusivo metropolitano” e a formação do Estado Nacional possibilitaram a nacionalização do excedente e também das decisões de investimento. Com isso houve o fortalecimento de uma burguesia mercantil interna, que se desenvolveu com a economia cafeeira.

4) Primeiramente, para Furtado, houve a expansão da economia cafeeira possibilitada pela crise de outras áreas produtoras. O café tornou-se rapidamente uma das principais mercadorias do comércio internacional, permitindo a obtenção de divisas e