FORMAÇÃO DO CANION DO ITAIMBÉZINHO

1142 palavras 5 páginas
RELATÓRIO DE CAMPO: A FORMAÇÃO DO CÂNION ITAIMBEZINHO A Bacia Sedimentar do Paraná abrange fora de sua grande extensão brasileira, o Uruguai,o Paraguai e pequena porção norte da Argentina. É uma depressão ovalada, com o eixo maior no sentido quase norte-sul, possuindo uma área de cerca de 1,5 milhão Km². Seu desenvolvimento foi durante parte das Eras Paleozoica e Mesozoica, seu registro sedimentar compreende rochas do período Ordoviciano ao Cretáceo o que implica um intervalo de tempo entre 460 e 65 milhões de anos, constituída de rochas ígneas e sedimentares. As rochas sedimentares da Bacia Sedimentar do Paraná são ricas em restos de animais e vegetais, fossilizados (FIGURA1). A gênese da bacia está relacionada a convergência entre a margem sudeste do antigo supercontinente Gondwana, formado pelos atuais continentes América do Sul, África, Antártida e Austrália, além da Índia, e a Litosfera oceânica do Panthalassa. Seus principais recursos, além de possuir jazidas de urânio e gás natural, ambas com número de uma, são: carvão mineral, água subterrânea, folhelho betuminoso e materiais para construção civil e indústria de transformação. Além disso, grande parte do solo apresenta elevada fertilidade química e/ou física, o que permite a exploração agropecuária extensiva e rentável. A coluna estratigráfica da Bacia Sedimentar do Parará foi subdividida por Milani em seis unidades alostratigráficas de segunda ordem ou supersequências, no senso de Vail, separadas por hiatos significativos, depositários, causados por eventos erosivos. Estas unidades definem o arcabouço estratigráfico da Bacia Sedimentar do Paraná (FIGURA2).

Destas supersequências, a que momentaneamente nos interessa é a supersequência Gondwana III, que se deu durante o Período Jurássico superior ao Cretáceo superior. Marcada por dois eventos de suma importância, sua porção basal indica a ocorrência de uma grande desertificação do ainda continente da

Relacionados