Formação de professor na educção infantil

Neste trabalho pretendemos apontar explicitamente alguns aspectos teórico-análitico-crítico acerca da temática da formação dos professores e a produção de conhecimentos. Concernente ao objetivo que ora explicitamos, queremos ainda correlacionar nossos posicionamentos a algumas concepções direcionadas ao trabalho do professor na educação infantil, recentemente considerada no Brasil a primeira etapa da educação Básica. De maneira inicial, podemos dizer que, mesmo sem um maior aprofundamento, é possível verificarmos muitas controvérsias, polêmicas, ambigüidades e antagonismos em torno da formação do docente que atuará no magistério. Por esse motivo, recorremos à teoria marxiana para atacar o problema em sua raiz, no qual o autor adverte que – “para o homem a raiz é o próprio homem” (Marx, 2002).
Isto posto, acreditamos que é possível e necessário realizarmos uma discussão teórico-analítica-crítica da realidade em sua concreticidade. De minha parte, trago questões concernente dos processos aligeirados, corriqueiros e antirealista no que diz respeito às mudanças contemporâneas no âmbito da formação dos docentes. Tais mudanças em muitos casos correspondem apenas a modismos, falácias, clichês e chavões que em sua base nada dizem ou acrescentam a real situação da formação docente. Tomando como exemplo o caso específico da educação infantil, constatamos que estamos a três décadas no Brasil, construindo a especificidade desse profissional.
Da realidade macro e estrutural, captamos uma política de formação para professores caracterizada como algo casuístico, fragmentado, descontinuo, emergencial, utilitarista, individualista e baseada no âmbito da instrumentalização escolar. Há uma articulação clara e propositalmente pensada, onde os propositores de políticas públicas de formação para professores centram seus interesses nos sujeitos, em suas práticas imediatas e voltadas para si mesma, o que descaracteriza a realidade que é