Fisiologia

12509 palavras 51 páginas
Sono: História e Plasticidade

Por Letícia Albertini

O estudo do sono tem despertado interesse desde a antiguidade, suscitando diversos documentos escritos a cerca deste assunto. Segundo Timo-Iaria (1985), o sono foi objeto de análise subjetiva, observativa e, sobretudo discursiva durante milhares de anos em todas as civilizações.
Até o presente momento, a função do sono ainda não está completamente esclarecida, mas, sabe-se que serve para restaurar os níveis normais de atividade e o “equilíbrio” normal entre as diferentes partes do sistema nervoso central (Guyton e cols, 1997), além de estar envolvido com a conservação do metabolismo energético, com a cognição, com a termorregulação, com a maturação neural e a saúde mental (Kandel e cols, 2003).
Embora represente um período de descanso, o sono parece não ser um indicador de estado passivo do sistema nervoso, correspondendo então a um fenômeno ativo, com fases distintas e bem caracterizadas (Aserinsky e Kleitman, 1953; Crick e Mitchison, 1983).
Considerando o aspecto científico, foi a partir da década de 30 que avanços notáveis a cerca do estudo do sono possibilitaram um maior progresso e compreensão do assunto.
Berger (1930) obteve um grande avanço no estudo dos mecanismos de sono e vigília quando registrou a atividade elétrica encefálica, por meio de eletrodos de agulhas introduzidos no couro cabeludo (eletroencefalograma, ou EEG). Nos primeiros EEGs registrados durante o sono, Berger descreveu os fusos e as ondas delta, que caracterizam as fases II, III e IV do sono humano, descritas mais adiante.
O sono apresenta estágios alternantes, e cada estágio possui padrões eletroencefalográficos característicos, segundo freqüência e amplitude das ondas, que são distintos daqueles observados durante a vigília (Loomis e cols., 1937; 1938).
Rimbaud e cols. (1955) observaram a ocorrência de curtas fases dessincronizadas no EEG durante o sono natural de gatos, que eram semelhantes ao padrão típico de

Relacionados

  • fisiologia
    4616 palavras | 19 páginas
  • fisiologia
    1617 palavras | 7 páginas
  • fisiologia
    3998 palavras | 16 páginas
  • fisiologia
    326 palavras | 2 páginas
  • Fisiologia
    598 palavras | 3 páginas
  • fisiologia
    1823 palavras | 8 páginas
  • fisiologia
    1041 palavras | 5 páginas
  • fisiologia
    396 palavras | 2 páginas
  • Fisiologia
    725 palavras | 3 páginas
  • Fisiologia
    603 palavras | 3 páginas