Fisiologia da Obesidae

2009 palavras 9 páginas
4. Distúrbios alimentares

4.1. Obesidade

A Organização Mundial de Saúde passou a considerar a obesidade como um problema de saúde pública tão preocupante quanto a desnutrição. A obesidade pode ser definida como uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que acarreta em complicações à saúde do indivíduo. Essa patologia acontece quando as quantidades de energia consumida, na forma de alimentos, é maior do que a quantidade de energia consumida pelo indivíduo. O ganho de peso em excesso ocorre durante a fase de desenvolvimento da obesidade. Quando a pessoa já se encontra em um quadro evoluído de obesidade e a quantidade de energia ingerida for igual à energia consumida, seu quadro será mantido. Portanto, a obesidade é provocada pela ingesta energética superior à necessária ao organismo, pois "Para cada 9,3 Calorias de excesso energético que entram no corpo, aproximadamente 1 grama de gordura é armazenado" (HALL, 2011). Essa gordura extra é acumulada principalmente nos tecidos subcutâneos e na cavidade intraperitoneal. Em pessoas obesas, o fígado também acaba por acumular lipídios.

Anteriormente, acreditava-se que o número de adipócitos só aumentava durante os primeiros anos de vida, considerando que a obesidade seria uma consequência da hipertrofia desses adipócitos adquiridos na infância, resultando a obesidade hipertrófica. Porém, estudos recentes mostram que a obesidade em adultos pode ocorrer tanto devido à diferenciação de pré-adipócitos (células semelhantes aos fibroblastos), que dão origem a novos adipócitos, como da hipertrofia dessas células.

Um marcador para o conteúdo adiposo é o índice de massa corporal, o IMC, que é calculado como o peso do indivíduo (em quilogramas) dividido pela altura (em metros). Esse método não é a medida direta da adiposidade, portanto não leva em consideração o fato de que algumas pessoas possuem o IMC elevado devido à grande quantidade de massa muscular. Embora os métodos como a medida da

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