Fisiologia da Contração Muscular
Músculo estriado esquelético
Potenciais de ação percorrem nervos motores até suas terminações nas fibras musculares. A liberação do neurotransmissor acetilcolina pelo nervo motor desencadeia a abertura de canais regulados por esse neurotransmissor na membrana da fibra muscular. Assim, altas quantidades de sódio fluem para dentro da membrana da fibra muscular gerando, desse modo, um potencial de ação na fibra.
O potencial de ação despolariza a membrana muscular. Também há propagação de eletricidade na fibra muscular. Esses eventos induzem a liberação de cálcio – previamente armazenados - por meio do retículo sarcoplasmático.
Os sarcômeros da fibra muscular apresentam filamentos de actina e miosina. Filamentos de miosina são constituídos por múltiplas moléculas de miosina dispostas em duas cadeias pesadas e quatro cadeias leves de polipeptídeos. As duas cadeias pesadas formam uma dupla-hélice – cauda da molécula de miosina. Uma extremidade da cauda forma a cabeça da miosina. As cadeias leves também compõem a cabeça da miosina auxiliando-a durante a contração muscular.
O filamento de miosina é formado por mais de 200 moléculas de miosina que estabelecem uma conformação em que as cabeças se projetam ao lado do corpo do filamento originando braços para a estrutura. O conjunto de braços e cabeças é denominado ponte cruzada. As cabeças das pontes cruzadas funcionam como enzimas ATPases – clivam ATP obtendo, dessa forma, energia para o processo de contração.
O filamento de actina possui actina, tropomiosina e troponina. A actina forma uma hélice e contém moléculas de ADP – locais ativos em que as pontes cruzadas de miosina se conectam para realizar a contração. As moléculas de tropomiosina estão “enroladas” nas de actina cobrindo, durante o estado de repouso, a superfície dos locais ativos bloqueando, assim, a contração. Ao lado da tropomiosina há troponinas – composta por três cabeças. Uma das cabeças tem alta afinidade por actina,