Fiscalização e acompanhamento do programa de monitoramento do cancro bacteriano da videira nas unidades de produção georeferenciadas e cadastradas da adab.

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1. INTRODUÇÃO A região do Vale são Francisco responde por aproximadamente 95% do total de exportações brasileiras da fruta, embora represente apenas 12% da área plantada no país, que é de aproximadamente 75.000 ha. No ano de 2006, a exportação nacional de uvas somou 118.432 milhões de dólares, correspondendo a 24,5% do total de exportações de frutas frescas e consolidou a fruta como a de maior receita na pauta de exportações da categoria (BRASIL, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2008).
As condições edafoclimáticas da região Semiárida do Nordeste brasileiro aliados a técnicas modernas de irrigação permite que o Vale do submédio São Francisco tenha se destacado na última década como grande produtor e exportador de uvas finas de mesa de alta qualidade e, mais recentemente, na produção de uvas viníferas.
O manejo de podas, o controle hídrico, a aplicação de defensivos, fertilizantes e agentes químicos reguladores de eventos fisiológicos garantem alta produtividade e permitem até 2,5 safras por ano. Entretanto, estas condições intensas de manejo propiciam, e em alguns casos potencializam, problemas fitossanitários que se não contornados podem trazer sérios prejuízos econômicos e, a médio/longo prazo, diminuir a vida útil dos parreirais instalados. Atualmente, um dos problemas que mais ameaçam a estabilidade fitossanitária do Submédio São Francisco é o cancro bacteriano da videira. Além de pôr em risco a competitividade da região em termos de produtividade, esta praga impede o trânsito de material vegetal de videira a partir dos estados onde a bactéria foi detectada e pode limitar o acesso da uva da região aos mercados interno e externo, já que a bactéria causadora da doença é considerada uma Praga Quarentenária presente (A2), sujeita a controle oficial (BRASIL, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2008). Atualmente, essa bactéria é classificada como Praga Quarentenária Presente nos Estados de Pernambuco, Bahia e Ceará,

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