Filsofia na medicina

864 palavras 4 páginas
O inicio do XVI marca o fim da Idade Média e suas constricções quanto ao pensamento e a liberdade racional e o ascender da modernidade justificada pela mecanicidade cientifica e a pluralidade de interpretações concedida pelo soerguimento da individualidade e do autoconhecimento. Os eventos, quase que dependentes em uma análise cronológica – Reforma Protestante, Renascimento, Iluminismo, não necessariamente nessa ordem – viabilizaram rupturas em instituições diretrizes que pelo perpassar do tempo se estabeleceram como indissociáveis da verdade, e muito além disso, como formadoras dessa. A Igreja Católica é um exemplo; constituiu e ampliou seu domínio pautado na unicidade entre a necessidade do homem de conhecer e a instauração de um centro de disseminação de padrões, ainda que advindos de um pequeno grupo e incentivados por seus anseios. Esses padrões seriam inquestionáveis e justificados pelo medo da incerteza e das consequências provenientes do “duvidar”. Nesse ínterim, grandes pensadores surgiram com ideais distintos, mas submetidos ao mesmo principio: a busca pela verdade. Entre estes se podem citar Galileu Galilei, Maquiavel, Thomas Hobbes, Rousseau. No entanto, volto a atenção a um: René Descartes. O principio da filosofia iluminista deve-se a ele e a sua interpretação em relação as nuâncias sobre verdade e razão. Descartes não só busca definir o estado de contemplação absoluta do que vem a ser real, inquestionável, mas estabelece mecanismos para isso, uma vez que na modernidade a pesquisa e comprovação se dão por meio de métodos (tal como no surgimento da sociologia, com a física social de Augusto Comte). O método criado por Descartes é a Dúvida Metódica, e se define por sua própria etimologia; ele está pautado na dúvida, deve-se duvidar de praticamente tudo, principalmente do que se pensa ser inquestionável – “(...) rejeitar como absolutamente falso tudo em que pudesse imaginar a menor dúvida (...)”. Descartes, René. Discurso do Método. São Paulo:

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