filosofia

685 palavras 3 páginas
·~---Capítulo décimo terceiro -

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sobre tal orientação de pensamento o mito do "bom selvagem", difundido na literatura francesa a partir do século XVI, quando, após as grandes descobertas geográficas, começa a idealização dos povos primitivos e a apologia da vida "selvagem". No século
XVIII, quando a vida social, com seus "costumes corrompidos", foi submetida à crítica da razão, o gosto pelos costumes exóticos e o fascínio por tudo o que parecia estranho à civilização européia se acentuaram e se difundiram. Rousseau estudou apaixonadamente esse material documentário, e suas análises mostraram-se extremamente interessantes.
Afirma ele no Discurso sobre as ciências:
"Os selvagens não são precisamente maus, porque não sabem o que seja ser bons; não é o aumento das luzes nem o freio da lei que lhes impede de fazer o mal, mas a calma das paixões e a ignorância do vício" .
Trata-se, portanto, de um estado aquém do bem e do mal. Deixada ao seu livre desenvolvimento, a natureza leva ao triunfo

• Estado de natureza. É a famosa categoria filosófica em base à qual
Rousseau condena a estrutura histórico-social que mortificou a riqueza passional do homem e a espontaneidade de seus sentimentos mais profundos.
Segundo a hipótese do estado de natureza, sobre o qual influi o mito quinhentista do "bom selvagem", o homem é originariamente íntegro, biologicamente sadio e moralmente reto, e mau e injusto apenas depois, por um desequilíbrio de ordem social: a natureza humana, deixada a seu livre desenvolvimento, leva ao triunfo dos instintos, dos sentimentos e da autoconservação, e não da reflexão, da razão e da aniquilação.
O "estado de natureza" é, portanto, um mítico estado originário, posto aquém do bem e do mal, do qual o homem progressivamente decaiu por causa da "cultura", responsável pelos males sociais da época atual: a passagem do "estado natural" para o
"estado civil" marcou

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