Filosofia - Descartes

1825 palavras 8 páginas
“Com Descartes, a filosofia registra uma reviravolta decisiva, recebendo uma colocação nova, substancialmente diferente da que tivera na Antiguidade e na Idade Média. A sua orientação era então essencialmente ontológica, tendo como objetivo constante e primário a investigação da razão última das coisas (do homem, do mundo, de Deus). Só acidental e ocasionalmente se tomava em consideração o problema do conhecimento, cujo valor, em todo caso, quase sempre era dado como fora de dúvida. Com Descartes, a filosofia recebe uma colocação crítica e gnosiológica: o que se quer verificar em primeiro lugar é o valor do conhecimento humano.”

1. A vida e as obras “René Descartes nasceu em 31 de março de 1596, em La Haye, na província da Turena (França), de família bem-estabelecida: seu pai era presidente do parlamento da Bretanha. Fez os primeiros estudos num dos mais famosos colégios para nobres, o La Flèche, dirigido pelos jesuítas.”

2. Colocação gnosiológica da investigação científica “Descartes sempre teve consciência da importância da colocação gnosiológica da investigação filosófica, a qual deve iniciar-se não pelo estudo das coisas, mas pelo da mente humana. (...) ‘Parece-me digno de admiração que grande número de pessoas indague diligentissimamente sobre os costumes dos homens, as virtudes das plantas, os movimentos dos astros, as transformações dos metais e sobre os objetos de outras disciplinas semelhantes, e que ninguém se lembre de dirigir o pensamento para a mente reta, isto é, para esta sabedoria universal, uma vez que todas as outras coisas são dignas de apreço não tanto por si quanto porque pagam tributo a ela. Nós, por certo não incorretamente, propomos, antes de todas, esta regra, uma vez que nada nos afasta mais da reta via da procura da verdade do que dirigir os estudos não para este fim geral, mas para algum fim particular. (...) Se, pois, alguém deseja investigar seriamente a verdade das coisas, não deve escolher uma ciência

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