Filoens

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Duas das características mais importantes do conhecimento científico são a sua especialização e a interdisciplinaridade, devido ao facto de os fenómenos naturais serem cada vez mais complexos, sendo necessária, assim, a confluência entre ciências com o intuito de abordar o mesmo problema com várias áreas obtendo assim uma visão mais geral. Assim, com a necessidade de aliar dois saberes primordiais, surge o conceito de bioética.
Van Rensselaer Potter, bioquímico americano e pesquisador na área de oncologia, propôs, “Proponho o termo Bioética como forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente necessária: conhecimento biológico e valores humanos.” Foi, assim, instituído o termo bioética, em 1970.
Apesar do conceito existir há mais de 40 anos, é, atualmente, complicado definir os limites da bioética aquando da prática de atividades como a experimentação humana para benefício da ciência, evoluindo desta forma. Assim, abordarei os problemas relacionados com experimentação humana, focando este ensaio nos limites da bioética. Questiono, portanto, será moralmente correto submeter seres vivos a experimentação científica?
A meu ver, a experimentação humana é eticamente condenável e oponho-me, decididamente, a esta prática. Passo à argumentação:
No ano passado, abordámos, em filosofia, duas teorias relacionadas com a ação humana e com os valores que pretendiam dar respostas a questões como: Qual o fundamento da moralidade? O que justifica a moralidade de um ato? Qual a validação da moralidade? Uma conceção deontológica de Kant e uma conceção utilitarista de Stuart Mill. Irei agora, primeiramente, basear-me na teoria Immanuel Kant, por considerar que este apresenta uma resposta aos problemas que formulei no início deste ensaio, argumentando de forma a sustentar a minha tese.
Na sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant escreve, “Age unicamente de acordo com a máxima que te faça

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