filme 3 trimestre

O filme “Quanto vale ou é por quilo” nos mostra claramente uma analogia entre os tempos antigos e os atuais mostrando uma barbara condição de vida a que os escravos eram submetidos e a não distante realidade atual. Por ter sido abolida consideramos que não existe mais escravidão, porém os que pensam assim estão bem enganados, a escravidão existe mas em outros contextos, sentidos e formas, ou seja, com outra roupa.
-No filme, em muitas cenas percebemos as ações das “pessoas caridosas” que agem pensando somente no seu próprio eu. Elas são capazes de fazer com que os “menores” passem por uma situação humilhante para garantir mérito.
A mídia colabora muito com essa situação, pois não podemos ver o que se passa por trás das câmeras, colaborando com a alienação da classe média, na qual acredita no que está vendo. E colabora com o enriquecimento cada vez maior desses que já tem e com a subordinação da classe média e baixo em relação aos planos e projetos destes. A cena que retrata esse fato é a entrevista das crianças , onde elas precisavam se mostrar felizes por serem negras, a seleção era rigorosa e o mais negro foi “beneficiado”. Outra cena foi a foto da ONG, onde brinquedos foram distribuídos somente para aparentar que essas pessoas estavam recebendo alguma coisa. Não muito longe da nossa realidade, podemos perceber esse fator no período eleitoral, onde uma das estratégias adotas é o convencimento de que o candidato é bom somente pelos seus atos de ir a todos os lugares mais carentes e se mostrar adepto e caridoso as causas dos mais desfavorecidos. Algumas ONGS também se utilizam da propaganda para “vender a sua caridade” usando famosos, como forma de convencimento ou de negros ou pobres que sofriam antes e agora estão “felizes”.
-Em um determinado momento do filme o ator Lazaro Ramos, em seu personagem fez uma comparação que nos chamou a atenção e nos fez pensar. Ele comparou as cadeias de hoje em dia com os navios negreiros de antigamente. A semelhança é enorme