FILHOS ADULTOS MORANDO COM PAIS
Londrina
2012
Irene Gonçalves Ferreira
FILHOS ADULTOS MORANDO COM PAIS
Trabalho apresentado no curso de PósGraduação de Aconselhamento Pastoral e
Teoterapia, na disciplina de Panorama do
Aconselhamento Cristão, sob orientação da
Professora Lilia Ransan Gouvea.
Londrina
2012
Introdução
Com o grande investimentoque se fez nos últimos anos à entrada da
mulher no mercado de trabalho, ocorreu uma mudança nos jovens. Muitos sonham
alcançar a independência e ter seu próprio canto , porém, alguns prolongam a
solteirice, ultrapassando os 30 anos morando com os pais. É cada vez mais evidente
que eles não têm a mesma premência de sair de casa, pois, a liberdade aumentou e
as questões de estudo e trabalhoficaram mais exigentes, aumentando o período em
que os filhos permanecem na casa dos pais.
O presente trabalho tem como tema “filhos adultos morando com pais”,
passando pelo estudo em questão e a apresentação ao final de soluções através do
aconselhamento, seguindo as ideias, métodos e pressupostos do conselheiro Gary
Collins. O qual tem por objetivo levar o aconselhando a ter uma vida abundanteem
Cristo, ajudando-o a mudar de comportamento, atitude, percepção e valores.
Desenvolvimento
Atualmente,
pai
e
mãe
necessitam
trabalhar
fora
para
suprir
economicamente a família, e a ausência de ambos interfere de maneira diferente no
desenvolvimento dos filhos. Assim, o tema nos leva a estudar o desenvolvimento
humano para conhecer as características comuns,as formas de perceber,
compreender e se comportar diante do “mundo” de uma determinada faixa etária.
Jean Piaget1 enfatiza quatro aspectos do desenvolvimento intelectual, bem
como, a evolução do 4º período inicia a partir dos 12 anos:
· 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos);
· 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos);
· 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos);
· 4º período:Operações formais (11 ou 12 anos em diante);
1
Jean Piaget (1896-1980) Psicólogo, Biólogo e Filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da
inteligência infantil.
2
11 anos
- idade que começa a se liberar do concreto em proveito de interesses
orientados para o futuro;
22 anos
- adquire maior autonomia em relação aos seus pais e entra numa fase
de estabilidade,através de um relacionamento afetivo, perspectivado
no seu próprio núcleo familiar;
28 anos
- entra na fase de transição onde analisa o seu padrão de vida fazendo
escolhas pessoais e profissionais;
33 anos
- atingi um novo período de estabilidade. Focaliza a sua atenção no
desenvolvimento das suas capacidades profissionais aplicando a sua
experiência.
Alberto Friesen2 apresenta asdependências do desenvolvimento humano
e descreve como sucede os níveis de inter-relação:
Nível
Dependência
Descrição de relação
até - A falta de segurança e afeto terá como consequências:
os 13 anos
imaturidade, carência excessiva, insegurança, incapacidade
de desenvolvimento e intimidade relacional;
Contradependencia - O jovem está maduro para experimentar e afirmar suasde 13 aos 26 anos
capacidades pessoais de sobrevivência. Nesta fase ele se
afasta dos pais e familiares, se aproxima de pessoas de sua
própria idade, definindo sua identidade;
Independência
de
26 aos 39 anos
-
Nível
da
conquista
do
espaço
profissional,
do
reconhecimento social, do papel paternal e da autoconfiança.
Percebe e aprende que é possívelsobreviver pelos esforços
próprios.
Interdependência a
- Nível de vivência equilibrado, onde a individualidade definiu
partir dos 39 anos
o seu espaço e onde a mutualidade se transformou numa
experiência de intimidade profunda e satisfatória.
As considerações de Piaget no 4º período do processo evolutivo e as
descrições de dependência do ser humano de Friesen, mostram que o homem, a
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