Filadélfia - Analise do Filme

“Um dos maiores males da humanidade é o preconceito, isso todo mundo sabe. Desde épocas imemoráveis, existe a discriminação, aquela história de recusar o outro por qualquer motivo que seja.”
O tema “preconceito” é focalizado sob vários ângulos, mas a trama central gira em torno do garoto de ouro de um escritório de advocacia, Andrew Beckett, que tinha a vida perfeita, mas possuía HIV e é demitido após seus chefes descobrirem a doença e a homossexualidade do rapaz, alegando que era incompetente em se trabalho, e que não existia preconceito quanto a sua doença e opção sexual. Ele, antes um defensor brilhante, agora precisa contar com a ajuda de outro profissional, para processar a firma que o demitiu por justa causa apenas pelo fato de estar doente, o que ele interpretou como preconceito.
Interessante também é acompanhar o homem que Beckett procurou para defender a sua causa, Joe Miller, um sujeito carismático, mas excessivamente medroso em relação a AIDS e homofóbico – não é comum as famílias falarem sobre AIDS, como ele mesmo diz, acaba sendo obrigado a rever todos os seus conceitos, por acreditar que a causa é justa.
No decorrer do julgamento, o processo fluía normalmente com o depoimento das testemunhas. Aproximando-se da última sessão, já apresentando vários sinais de piora no quadro imunológico, Andrew sente-se mal e é levado para o hospital. Mesmo sem a sua presença o juiz dá o veredicto final e o escritório foi condenado a pagar uma alta indenização ao rapaz, que continua nesse momento, no hospital onde acaba pôr falecer.
No fim, a maior lição é a de Joe, que repara que os direitos do ser humano independem à opção sexual, que o preconceito criado pela sociedade não é nada além de uma forma de excluir, aquilo que é diferente, por medo do estranho, medo do escuro.