Figuras do Estado Moderno

A questão do Estado e a teoria da Modernidade
A especificidade da política moderna segundo Hegel e Benjamin Constant Para HEGEL, a “abstração de um Estado” seria a marca da modernidade no nível político. Essa abstração tem como sentido a contraposição da polis grega. Para os gregos, o Estado era entendido como um espaço de convívio íntimo entre seus integrantes. É um lugar em que todos partilham os mesmos valores ancestrais, os mesmos costumes etc. Para os gregos, também, a participação na política era tido como algo natural para o homem livre da pólis. Isto significa que o homem livre se encontrava estreitamente e inteiramente subordinado à vida política, a qual, para os gregos, era a forma mais nobre de vida e realização pessoal. Já no mundo moderno, o Estado tem uma definição diferente. HEGEL nos diz que o Estado pode ser formado mesmo que seus integrantes não tiverem nenhuma ligação de costumes, da cultura, da língua ou religião. São várias as condições que determinam esta alteração nos fundamentos da vida estatal. A primeira condição é a de que a geografia das comunidades do estado moderno é muito maior que à da polis grega. A segunda condição é a de que o escravismo e a complexidade da vida cotidiana da Idade Média desapareceram. A terceira condição, e a mais importante, é o surgimento da individualidade. A individualidade resulta da junção de duas seqüências históricas. A primeira a descoberta da razão subjetiva. A segunda, é constituída de uma série de fatos, começa com o individualismo da polis, prossegue com a formação do conceito de pessoa pelos romanos, ganha força na liberdade dos germânicos e adquire sua configuração com o surgimento da sociedade civil-burguesa. Mas o que é realmente essencial é que uma vez constituída a individualidade moderna, a vida política tranqüila e transparente da polis grega desapareceu para sempre. O primeiro motivo disto é porque a esfera privada tornou-se um espaço social enobrecido. O segundo motivo é de que a moral