Fidalgo

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A palavra fidalgo, usada em Portugal e Espanha, surge da a aglutinação de filho-de-algo,1 tendo a palavra sido importada de Castela a partir do século XV, quando o Rei D. Afonso V de Portugal mandou operar a reforma centralizadora da Casa Real Portuguesa, instituindo as moradias. Nada tem que ver em significado com a palavra castelhana hidalgo, por sua vez evoluída do termo castelhano ou leonês fijodalgo. Até esta época, com efeito, o principal título de nobreza português, com excepção dos da Família Real, continuava a ser o de rico-homem, aplicando-se ainda a designação genérica de infanções àqueles seus descendentes não-sucessores nas respectivas casas e bens; linhas empobrecidas, portanto, que desfrutavam de estatuto social e jurídico semelhante ao dos hidalgos castelhanos, e dos infanzones navarros.
É então que a pouco e pouco a nova expressão fidalgo de linhagem substitui paulatinamente o antigo termo infanção, caído em desuso, categoria herdada por via paterna ou materna, ao contrário da categoria de fidalgo de solar conhecido, que exigia comprovação de nobreza de todos os quatro avós do chefe da linhagem assim reconhecida.

A palavra fidalgo, etimologicamente, a aglutinação de filho-de-algo, passa então a designar a camada social não titulada que tinha o estatuto de nobre hereditário, juntamente com os titulares, os senhores de terras, com jurisdição, e os alcaides-mores. Porém é necessário compreender que este fidalgo genérico, não titulado, subentende "de linhagem" na coloquialidade.

A fidalguia, na Monarquia Portuguesa, constituía uma categoria social e jurídica própria. Só no reinado de D. Afonso II é que em Portugal foi criado o título de fidalgo, para distinguir os cavaleiros e escudeiros de antiga nobreza daqueles que apenas gozassem destes títulos por recente graça régia.2 Depois de D. Afonso V, todos os reis criaram categorias formais de fidalgos, inscritos nos livros reais em três categorias diversas na sua importância, fidalgos esses que

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