Fichamento

Universidade Estadual de Campinas
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
HZ158A - Sociologia de Durkheim

Fichamento da Introdução e Capítulo 1 de “A estrutura das revoluções científicas”, de Thomas S Kuhn.

Nome

O objetivo de Kuhn em “A estrutura das revoluções científicas” é “esboçar um conceito de ciência bastante diverso que pode emergir dos registros históricos da própria atividade de pesquisa” (Kuhn, 1975, p. 20). Para tanto, ele revisita debates científicos registrados em livros e artigos da área, buscando pistas que o ajudem a desconstruir a noção a-histórica de ciência presente nos manuais e livros voltados para o público geral ou iniciante nas diferentes áreas de conhecimento. O problema, ele argumenta, é a maneira como o conteúdo da ciência é apresentado nesses manuais. As leis, observações, teorias e métodos são mostrados como o resultado de um acúmulo. Mas para entendermos o desenvolvimento da ciência é preciso olhar para as rupturas, as mudanças, os momentos em que os acúmulos são postos de lado e substituídos por outros. Esse momento da história de cada ciência, o da ruptura e da mudança, recebe o nome que está presente no título de seu livro: revolução científica. É para esse movimento que ele propõe que olhemos de modo a pensar a ciência de maneira diferente da qual costumamos pensar.
Mas se a ciência não é só acúmulo, como ele se propõe a identificar as revoluções? Por meio das arbitrariedades que aparecem no decorrer de experimentos e aplicações das teorias em voga. O que ele chama de ciência normal, é a ciência que se produz por acúmulo, pela formação de um consenso dentro de um campo, por uma postura de pesquisa que visa aumentar a perfeição e a precisão de uma teoria. Kuhn (1975) não desqualifica a ciência normal. Apenas aponta para o seu esgotamento tendencial, na medida em que os exercícios de repetição levam a uma ausência de ousadia e criatividade. Em alguns momentos da aplicação dessas teorias, de realização de experimentos, aparecem