Fichamento

CADIOU, François et al. Como se faz a história: historiografia, método e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2007.
Capítulo I
Antiguidade: a historiografia greco-romana * O objetivo do capítulo é evidenciar que a história correspondia a uma concepção limitada do discurso sobre o passado, além de apresentar características dessa concepção (seguida por gregos e romanos, que partiram de um referente comum para definir historia).

A história nasceu na Grécia?
A ruptura do século V a.C
* Para gregos e romanos o gênero histórico havia iniciado na Grécia, e tinha como expoentes inicialmente Heródoto (que ganhou até o título de “pai da história”) e Tucídides, ambos gregos.
* Obviamente homens da Antiguidade já registravam seu passado, antes mesmo das narrativas sobre as “grandes guerras” dos dois expoentes gregos. Diferentes formas de produção história vinham sendo praticadas no mundo oriental (Egito e Mesopotâmia, em especial) há muito tempo. Dessa forma, é reprovável afirmar que a historiografia nasceu na Grécia. Porém, é preciso reconhecer o valor das obras de Heródoto e Tucídides durante toda a Antiguidade.
Mythos e logos: o critério da verdade
* Segundo François Hartog [1999] os gregos foram responsáveis pela invenção da figura do historiador. Essa figura do historiador que vinha se moldando já passava a apresentar algumas características, como a veracidade do discurso histórico, elemento fundamental da historia. Tal elemento foi mencionado por Cícero como lei. É possível notar assim, que o que também nasceu na Grécia foi a necessidade de um discurso histórico que ansiava a verdade.
* Sabe-se que os gregos criaram diversos mitos para poder passar mensagens para o povo, e também preservar a memória histórica da civilização. A partir do século V a.C vai se estabelecer na Grécia uma diferença entre tais mitos e história. Uma emblemática diferença, que por vezes nem os próprios historiadores da época conseguiam enxergar e discernir. No princípio, mythos era