Fichamento-
“Refletir sobre as referências identitárias remete imediatamente ao conflito étnico e a questão das diferenças que o tema da diversidade cultural impõe.” (p. 30) “[...] paradoxalmente temos que lutar politicamente para que essas diferenças sejam respeitadas no cotidiano e incluídas no debate político e acadêmico.” (p. 30) “Foi precisamente para compreender e explicar esse paradoxo da cultura humana que no século XIX, por ocasião da globalização moderna decorrente do processo de colonização europeu iniciado por volta do século XV, que surgiu a Antropologia, ciência social cujo objeto de estudo é exatamente a cultura humana e o seu inseparável, porque intrínseco a ela, etnocentrismo.“ (p. 31) “[...] um dos propósitos desse artigo é discutir os limites da possibilidade de controle do etnocentrismo calcado na perspectiva da alteridade e do relativismo cultural.” (p. 31) “[...] o que nos interessa discutir é a imagem idealizada do fazer antropológico, como se este fosse isento de ideologias políticas, contradições afetivas, conflitos sociais e dificuldades na interpretação.” (p. 31) “A postura de neutralidade científica que leva à ausência de uma intervenção ética ou política, face aos conflitos advindos do contato com a diversidade cultural, produziu historicamente e pode contribuir ainda hoje para as tragédias humanas.” (p. 32). “O objetivo dessa discussão é redimensionar os limites do controle do etnocentrismo na perspectiva da alteridade e resgatar a dimensão subjetiva (emoção) da política [...]”(p. 32). “[...] a despeito das mobilizações e declarações mundiais contra todo tipo de discriminação, verificamos que atitudes racistas e intolerantes em relação à diversidade não mudaram [...]”(p. 32). “Essa população mundial