Fichamento: "o século de péricles" marilena chauí

| CHAUI, Marilena. Introdução à História da Filosofia dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Editora Brasiliense. 1994 | Pág. 136 | Introdução sobre o Século de Péricles (404 a 404 a. C.). Período este em que a democracia está em sua plenitude em Atenas e no qual aconteceram grandes realizações culturais. “A expressão “século de Péricles” significa, por um lado, que durante este período consolidaram-se as tendências culturais que vinham sendo criadas e, por outro, surgiram novas tendências que iriam prosseguir nos séculos seguintes, até o domínio da Grécia pelos macedônios e romanos.” | Pág. 137 | Introdução sobre a Tragédia. A tragédia é considerada como uma instituição social democrática porque faz uma reflexão sobre o nascimento da democracia, porque as peças são escritas e representadas em festas cívicas de Atenas, não só por atores profissionais, mas também por um coro de cidadãos, e porque a cidade paga e financia a escrita e apresentação das peças. O coro de cidadãos avalia e julga o que acontece com os personagens no palco, personagens estes que são figuras do mundo aristocrático (reis, rainhas, príncipes, e suas famílias) e deuses. Desse maneira, a distribuição cênica visa marcas a diferença entre o passado aristocrático, que está no palco, representado por artistas profissionais, e o presente democrático, que está no coro, cantado pelos cidadãos. As peças costumavam ser uma sequência de crimes sangrentos, pois a leia da família (ou da aristocracia) exige que um crime sangrento seja vingado por outro crime sangrento. | Pág. 138 | As tragédias costumam ser trilogias, onde na terceira peça os deuses discutem sobre se devem continuar impondo suas leis aos mortais (obrigando eles a vingarem estes crimes sangrentos), ou se cabe aos próprios humanos julgar a si mesmos, criando leis e tribunais. Decidem por deixar os mortais julgarem os mortais, acabando, assim, com a lei da vingança sem fim imposta pela sociedade aristocrática. | Pág.