Fichamento e resenha vigiar e punir foucalt

1308 palavras 6 páginas
Faculdade ASCES
João Lucas Lira De Andrade Lima

Fichamento do Livro – Vigiar e Punir
Autor: Michel Foucault

Caruaru
2012

Parte I - Suplício
Foucault inicia seu livro com a história de Damiens, condenado a 2 de março de 1757 e que teria como punição ser suplicado. O suplício era um ritual público onde o objeto da condenação era o corpo do paciente.
"Uma pena para ser um suplício deve obedecer a três critérios principais: em primeiro lugar produzir uma certa quantidade de sofrimento[...] mas não é só: esta produção é regulada. O suplício faz correlacionar o tipo de ferimento, a qualidade, a intensidade, o tempo dos sofrimentos com a gravidade do crime, a pessoa do criminoso, o nível social de suas vítimas. E pelo lado da justiça que o impõe, o suplício deve ser ostentoso’’ (p. 31-32)

Além disso, o suplício, do ponto de vista político, pode ser compreendido como a vingança do soberano contra aquele que ousou desafiar sua autoridade. “O crime, além de sua vítima imediata, ataca o soberano; ataca-o pessoalmente, pois a lei vale como a vontade do soberano; ataca-o fisicamente, pois a força da lei é a força do príncipe’’(p.41)

Daí, se entende que além de marcar o corpo do condenado, de torná-lo um criminoso diante da sociedade, os suplícios também possuem uma função jurídico-política. “É um cerimonial para reconstituir a soberania lesada por um instante”. (p.42) Pode-se compreender então, a necessidade de que o ritual dos suplícios fossem públicos. “As pessoas não só tem que saber, mas também ver com seus próprios olhos. Porque é necessário que tenham medo, mas também porque devem ser testemunhas e garantias da pinição’’.(p.49) A partir do fim do século XVIII e começo do XIX a melancólica festa da punição vai se extinguindo. “A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho negativo”. (p.12)

Parte II – Punição
“Que as penas sejam moderadas e

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