Fichamento maquiavel vii a xiv

1074 palavras 5 páginas
VII - O príncipe que, através de sua deferência com os governados, acredita temperar sua ousadia, geralmente se engana.

Constatou-se frequentemente que esta palavra não é tão-só inútil de todo, como prejudicial, principalmente quando a exerces com homens insolentes que, por inveja ou outros motivos, odeiam-te.

Um príncipe, portanto, não deve jamais permitir em rebaixar-se de sua posição nem em abandonar coisa alguma, a não ser que não possa ou creia não poder reter o que lhe obrigam a ceder. Vale quase sempre, quando a coisa chegou a um ponto em que não se pode cedê-la de bom gosto, que a deixes ser levada pela força, em lugar de deixar que seja roubada por meio desta. Quando cedes por medo é para evitar uma guerra e frequentemente, não se pode cedê-la de bom gosto, que a deixes ser levada pela força em lugar de deixar que seja roubada por meio desta. Quando a cedes por medo é para evitar uma guerra e, frequentemente, não a evitas. Aquele a quem, por efeito de visível covardia, tenhas concedido o que queria, não parará apenas nisso.

VIII - Quão perigoso é para um príncipe, bem como para uma república, não castigar ultrajes praticados contra uma nação ou contra particular.

Pode-se perceber quanto a indignação causada pela impunidade dos culpados deve ocasionar de mal se considera o que aconteceu aos romanos por não terem castigado a perfídia de seus três embaixadores com respeito aos franceses para os quais se havia enviado a Clusi.

Os franceses, tendo conhecimento de que eram honrados aqueles que mereciam simplesmente o castigo, olharam essa conduta como ofensiva e ignominiosa para si próprios e, indignados e irados, lançaram-se sobre Roma e a tomaram, com exceção do Capitólio.

Esta desgraça não aconteceu aos romanos tão-somente porque haviam faltado com a justiça, mas porque seus embaixadores, que deveriam ser castigados por terem trabalhado criminosamente contra o direito das nações, foram cumulados de honras por esta infâmia. Cuidem, pois,

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