fichamento,MACHADO, L. O. O controle intermitente do território amazônico. IN: Revista território, 1(2), 1997

Referências:
MACHADO, L. O. O controle intermitente do território amazônico.
IN: Revista território, 1(2), 1997.

Fichamento:
O CONTROLE INTERMITENTE DO TERRITORIO AMAZÔNICO
[...] Neste artigo, apresentaremos um breve histórico das formas utilizadas no território amazônico, analisadas segundo o contexto particular da cada período. Tomanos como ponto de partida o ano de 1616, quando as tropas portuguesas ocupam a foz do rio Amazonas, até chegarmos a 1960, no limite de um período qualitativamente diferente, quando o controle do território torna-se mais efetivo e complexo (Machado, 1987).
I. Uma estratégia para o estado colonial do Grão- Pará
[...] A primeira tentativa de controle territorial da Amazônia só ocorreu muitas décadas mais tarde (1616), como parte de um deslocamento militar em direção ao norte, a partir do nordeste. Esteve integrada a uma estratégia de defesa para proteger as zonas canavieiras de Pernambuco e Bahia e a criação de uma nova unidade administrativa. O estado do Grão Pará e do Maranhão, diretamente vinculado à metrópole portuguesa e separado do estado do Brasil.
1- Missões e pacificações dos indígenas
O padrão inicial de ocupação constituiu em pequenos fortes localizados na embocadura do rio Amazonas e na confluência com seus principais tributários, prática adotada tanto por tropas holandesas quanto portuguesas. A coerção, no entanto, era insuficiente para assegurar uma ocupação a longo prazo. Logo, o principal objetivo tornou-se a pacificação das tribos indígenas cuja sujeição à coroa tinha que ser garantida. Optou-se pelo envio de ordens religiosas católicas à região, uma forma tradicional de controle social utilizada por monarcas Ibéricos (Noronha, 1637).
O vale do Amazonas foi repartido entre várias ordens religiosas que asseguraram o controle sobre os índios e o território [...]. Nestas condições, os religiosos empreenderam uma exploração da floresta economicamente bem sucedida. [...] Na medida em que progredia a