Fichamento Le Goff Documento monumento
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: História e Sociedade, 4o ed. Campinas, SP; UNICAMP, 1996. 1. Os materiais da memória coletiva e da história “A memória coletiva e a sua forma cientifica, a historia, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos – escolha do historiador - e os monumentos – herança do passado. “De fato, o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores. “a palavra latina MONUMENTUM remete para a raiz indo-européias men, que exprime uma das funções essenciais do espírito (mens), a memória (memini). O verbo monere significa ‘fazer recordar’, de onde ‘avisar’, ‘iluminar’, ‘instruir’. O monumentum é um sinal do passado... O monumentum é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação, por exemplo, os atos escritos.... “O monumentum tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação ... e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos. “O termo latim DOCUMENTUM, derivado de docere ‘ensinar’, evoluiu para o significado de ‘prova’. O sentido moderno de testemunho histórico data apenas do início do século XIX...
O documento que, para a escola histórica positivista do fim do século XIX e do início do século XX, será o fundamento do fato histórico, ainda que resulte da escolha de uma decisão do historiador, parece apresentar-se por si mesmo como prova histórica.
A sua objetividade parece opor-se à intencionalidade do monumento. Além do mais, afirma-se essencialmente como um testemunho escrito. “... para Fustel, como para a maior parte dos historiadores embebidos de um espírito positivista, vale documento = texto.
Desejo de provar cientificamente (...)
2. O século XX: do triunfo