FICHAMENTO: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

LIMA, Diógenes Cândido (org.). Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa

Ensino/aprendizagem das quatro habilidades linguísticas na escola pública: uma meta alcançável?

Rute Moreira de Brito relembra que as orientações apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) quanto às habilidades e competências que se objetiva alcançar no ensino de línguas estrangeiras priorizam a comunicação como instrumento fundamental, no mundo moderno, com vistas à formação pessoal, acadêmica ou profissional. Porém, levando-se em conta a escassez de recursos didáticos e de outras ordens encontrados por professores e alunos de modo que sejam desenvolvidas as quatros habilidades linguísticas – ler, falar, ouvir e escrever em língua estrangeira – e que, muitos dos alunos de classe média que frequentam cursos de idioma ou aulas particulares acabam esquecendo o aquilo que aprenderam e perder a fluência com o passar dos anos (Moita Lopes, 1996, p. 131), Brito levanta os seguintes questionamentos a John Robert Schmitz: seria legítimo adotar a leitura como prioridade nas escolas, pois essa habilidade seria, segundo Moita Lopes (1996, p. 130), “a única habilidade que atende às necessidades educacionais que o aprendiz pode usar em seu próprio meio [..] e que pode continuar a usar autonomamente ao término de seu curso de língua estrangeira”? Até que ponto pode ir a autonomia do professor ao fazer um plano de curso que despreze, por assim dizer, as orientações dos PCNs quanto ao enfoque nas quatro habilidades linguísticas? E essa mesma abordagem que prioriza a leitura como enfoque seria interessante para alunos da 5ª à 8ª série do ensino fundamental? John Robert Schmitz responde à primeira pergunta considerando que, devido a carga horária disponível às aulas de língua estrangeira nas escolas públicas ser bem reduzida, o professor vê-se obrigado a optar por uma das habilidades. Por essa razão, os