Fichamento do texto tradição e invenção
Desde que o ensino da arquitetura foi institucionalizado houve um grande debate entre duas classes extremas: de um lado estavam os tratadistas que fazem da arquitetura manuais que cobrem todos os aspectos formais da disciplina. Do outro lado estão os que afirmam não ser possível ensinar arquitetura, já que acreditam que ela seja como um dom quase “divino”.
Antes de se iniciar um projeto a quatro imperativos, são eles: as necessidades funcionais, a herança cultural, as características climáticas e do solo, por último os recursos materiais disponíveis. Sendo que o projeto tem início realmente quando a informação obtida na fase preliminar é interpretada e organizada de acordo com uma escala de prioridades que o arquiteto defini em relação ao problema.
A interpretação e a definição do problema podem-se relacionar de duas maneiras: na mais simples a solução para qualquer problema arquitetônico seria uma resposta objetiva e direta. Os produtos desse tipo de procedimento tem sido apenas para a satisfação banal de necessidades imediatas, negando a possibilidade da obra transcender o seu valor pragmático e utilitário. Na segunda relação mais complexa entre definição e interpretação, um fator extra entra em cena, agindo como um catalizador, ajudando na interpretação do problema. Um exemplo é uma possível preocupação com a luz externa.
As origens desse fator modificador tem profundas raízes na vida do interior de quem projeta assim como na constituição de sua personalidade. Podendo estar relacionado com os seus sonhos, e experiências privadas.
Toda obra de arquitetura deve ter um conceito central. Projetar com imagens conceituais torna possível a passagem do pensamento pragmático para o criativo, do espaço métrico dos números para o espaço visionário com sistemas coerentes.
O primeiro momento de síntese é a definição do ponto de partida, já que ele fixa a concepção básica, seja em termos de organização planimétrica e volumétrica, assim como