Fichamento do texto: "paradigmas da psicologia aplicada à educação" de mércia moreira

Em sua obra “Paradigmas da Psicologia Aplicada a Educação”, Mércia Moreira aborda as explicações das teorias relativas à educação no campo da Psicologia. Ela cita como paradigmas importantes desta área o Associacionismo, o Gestaltismo e o Interacionismo, especificando cada um deles.
No Associacionismo, o conhecimento é dado pela relação entre estímulos e respostas (E-R). A corrente psicológica ao qual esse paradigma se espelha é o Behavorismo que tem suas bases no empirismo e no positivismo. Ela descreve como principais autores do Behaviorismo J.B. Watson (1878 – 1958), Ivan Pavlov (1849 – 1936) e S. Skiner (1904-1990). Esses autores desenvolveram teorias que enfatizaram não só as relações E-R, mas também os processos simbólicos internalizados através da observação de modelos na relação do ser humano com outros indivíduos. A partir de pesquisas a respeito desse paradigma com o objetivo de se confirmar a importância dos estímulos na determinação do comportamento, encontraram-se limitações do comportamentismo. A autora diz que a prática do Associacionismo na educação transforma o professor em supervisor do comportamento, capaz de promover mudanças sucessivas e sistemáticas no ambiente.
O Gestaltismo é descrito por Mércia como o oposto do Associacionismo, onde os comportamentos e experiências humanas não são divididos em termos de E-R. Ele tem como base epistemológica o racionalismo. Os principais teóricos desse paradigma são Wertheimer (1880-1943), Köhler (1887-1967), Koffka (1886-1941) e Lewin (1890-1947). Todos esses autores defendem que não existe a aprendizagem enquanto mudança de comportamento resultante de experiência. Nesse modelo prevalece a noção de comportamento enquanto totalidades organizadas, resultantes de estruturas inerentes ao indivíduo, o que se opõe, radicalmente, à ideia de E-R do behaviorismo. Ao utilizar esse paradigma na educação, o professor é colocado como um simples facilitador da aprendizagem.
O Interacionismo alega que o conhecimento