fichamento de psicologia sobre dependencia quimica

DEPENDÊNCIA QUÍMICA
A dependência química é um transtorno crônico caracterizado por três elementos principais: compulsão por busca, perda de controle em limitar esse consumo e emergência de estados emocionais negativos quando o acesso a essa droga é impossibilitado, chamado de abstinência. Um termo ainda muito usado na literatura média é adição, que comporta toda a gama de comportamentos e sintomas psicológicos disfuncionais associados ao uso contínuo de drogas.
Nos últimos anos, acentuou-se no meio cientifico o debate sobre a adição de uma doença cerebral e, cada vez mais, as evidencias apontam que os fatores neurobiológicos são preponderantes para o desencadeamento e manutenção dos sintomas associados a ela. Alguns autores até definem adição como sendo mudanças no sistema nervoso central induzidas pelas drogas que produzem alterações mal adaptativas no comportamento espontâneo e na resposta comportamental a sua readministração.
No século XIX teorias diziam que o comportamento aditivo resultava primeiramente de “instintos subconscientes”, já no século XX, teorias tentavam explicar que usuários de drogas tinham um distúrbio psíquico preexistente, chamado na época de, personalidade adicta, mas foi na primeira metade do século passado que a explicação alternativa surgiu, abrangendo conceitos de psicologia e da psiquiatria , que foi chamada de, “ teoria do reforço”.
Uma descoberta interessante, em 1954, evidenciou que certos roedores, após implantação de eletrodos em regiões profundas do cérebro, fariam uma auto estimulação exagerada em detrimento de atividades como comer e dormir. Isso foi de extrema importância, primeiro, a estimulação cerebral parecia agir precisamente como um reforçador positivo. Em segundo lugar, observou-se que somente uma região cerebrais ocasionava tais comportamentos. Em terceiro lugar, salientou-se que o fato de que estimulações elétricas nessas regiões também evocavam comportamentos naturais de consumo de água e comida, implicando