fichamento 3
Émile Durkheim viveu numa época de euforia cientificista, que se espalhava sobre todas as formas de conhecimento, influenciando até mesmo as ciências sociais. Era uma época de grandes figuras como Louis Pasteur, que mostravam como a ciência poderia trazer benefícios para a vida cotidiana. O ideal de ciência de dizer como as coisas são, a partir da observação da realidade, chamou a atenção de Durkheim. Nesse contexto, o sentimento de ciência invadiu a Sociologia, fazendo-a buscar um objeto empiricamente verificável, que foi o fato social.
Durkheim queria desvendar o funcionamento do mundo social, e que fosse diferente de outras áreas, e ele define isso como fatos sociais que são as formas de agir, pensar, e sentir comunitariamente difundidas, compartilhadas por uma pluralidade, que transcendem a vontade individual, impondo-se a ela.
A formação de um indivíduo dentro do coletivo, para Durkheim, é um constante jogo de forças, que a nós é imposto socialmente. Assim, a coerção existente no fato em questão derivaria da necessidade que o “eu” sente de estar inserido em um “nós”, o que requer a aceitação de certos valores, costumes coletivos. A não aceitação ou violação das regras de convivência provoca uma sanção social, que é a exclusão do grupo.