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Gestão de cargos, salários e benefícios

1- Mudanças, remuneração e recursos humanos
Entender o contexto de mudanças é fundamental para compreender a emergência dos novos sistemas de remuneração.
No início da industrialização, quando as pessoas eram vistas mais como peças substituíveis de uma máquina, as soluções combinavam rígida supervisão com sistemas de remuneração por peça. Quando as empresas evoluíram, departamentos surgiam na empresa para cuidar da remuneração.
Contudo, se a organização evolui para um contexto em que cada vez se ouve falar menos de departamentos e funções, e mais se fala sobre equipes multidisciplinares, gestão por processos, trabalho remoto, informação, conhecimento, etc., a dita “organização” passa de solução para problema.
O mundo passou a demandar não rigidez formal, mas muito pelo contrário: o negócio passou a ser flexibilidade, adaptabilidade.
O quadro abaixo sintetiza algumas dimensões dessas mudanças. É necessário entender estas passagens entre esses estágios, para poder visualizar alguns dos impactos que as mudanças têm levado às organizações no último meio século.

A maioria dos livros clássicos de administração e negócios mostra como a passagem do início da era industrial até a década de 1960 levou as organizações a buscarem estruturas cada vez mais complexas e estruturadas, definindo o ápice da organização burocrática e de seus mecanismos de gestão. No entanto, o que os analistas empresariais nos apontam é que o modelo burocrático característico da era vem esgotando-se.
John Naisbitt (Megatendências. São Paulo: Amanda Desenvolvimento& Educação, 1983) preconiza as seguintes megatendências:
Passagem da sociedade industrial à sociedade da informação.
Desenvolvimento tecnológico amigável ao contato humano.
Das economias nacionais à globalização.
Da visão de curto prazo à visão de longo prazo.
Centralização dando lugar à descentralização no governo e na sociedade.
Tendências ocorrendo de baixo para cima.
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