Farmacêutica

4965 palavras 20 páginas
As Alucinações e os Delírios na Psicopatologia
Dr. Geraldo Ballone
As alucinações e delírios são importantissimos sintomas de muitas doenças mentais, mas principalmente das psicoses, como a esquizofrenia. Os psiquiatrias têm acesso a estes fenômenos apenas através da conversa com o paciente, uma vez que são experiências individuais e íntimas. O seu estudo e conhecimento, entretanto, revelam muitos aspectos interessantes, que iremos apresentar neste breve artigo.
Alucinação é a percepção real de um objeto inexistente, ou seja, são percepções sem um estímulo externo. Dizemos que a percepção é real, tendo em vista a convicção inabalável da pessoa que alucina em relação ao objeto alucinado. Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas as variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objeto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.
Tudo que pode ser percebido pelos nossos cinco sentidos (audição, visão, tato, olfato e gustação) pode também ser alucinado. As alucinações sempre aproveitam o material consciente conhecido do pacientes. Na alucinação, por exemplo, um leão pode aparecer de asas, ou um caracol que cavalga um ouriço. O indivíduo que alucina deve ter percebido isoladamente cada um dos objetos e, mentalmente, combina uns com os outros.
Embora as alucinações possam manifestar-se através de qualquer um dos cinco sentidos, as mais freqüentes são as auditivas e visuais.
Quando uma alucinação passa a ser interpretada, como por exemplo, uma alucinação auditiva é interpretada como sendo a voz do demônio, de Deus, dos espíritos mortos ou uma audição telepática, então temos o delírio. Portanto, este, freqüentemente, acompanha a alucinação. Ouvir vozes faz parte da percepção e atribuir a elas algum significado faz parte do pensamento, cujos distúrbios veremos adiante.
Existem dois tipos de delírios: os delírios primários, ou puros, que são um juízo

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