Falando em público.

A METODOLOGIA STEVE JOBS DE APRESENTAR IDEIAS

Por Sergio Valente
Steve Jobs tinha uma maneira muito particular de pensar, de trabalhar e de fazer suas apresentações. E ele as fazia sempre com base em três premissas: arriscar, surpreender e extrapolar o conceito de usabilidade. Esse tripé é a base da “metodologia Steve Jobs de apresentar ideias”, que traz em si um grande legado repleto de aprendizados para a humanidade e para a indústria da comunicação.
Surpreender é uma palavra que regeu os 56 anos de vida de Steve Jobs. É talvez aí que resida boa parte do seu sucesso. Em uma entrevista à Business Week de 1998, ele disse uma frase crucial para quem faz do marketing e da comunicação seu ofício. “Muitas vezes, as pessoas não sabem o que elas querem até que você mostre a elas”, disse em uma crítica aberta à ditadura do focus group. Em outras palavras, estava defendendo a tese de que não é ouvindo o que o consumidor gosta que você vai criar novos produtos, novos serviços ou novas ideias. Prepotência? Desrespeito ao consumidor? Nada disso, muito ao contrário.
Steve Jobs certamente está entre os executivos, se não for o líder deles, que mais ouviram e respeitaram o consumidor na história moderna da indústria, estejamos nós discutindo produto ou serviço. Mas ele não os obedecia, ele os surpreendia. Tenho a impressão de que ele acordava todos os dias com a vontade de despertar vontades que não existiam, de criar necessidades até então desconhecidas.
O primeiro legado de Steve Jobs é a forma com que ele criava novos quereres na vida do consumidor. Com ele precisamos repensar a ditadura das pesquisas, para que com elas tenhamos mais insights, mais possibilidades de encontrar caminhos para ir além do que o consumidor aprova. A pesquisa precisa trazer mais aprendizado do que aprovação ou autorização. Precisamos surpreender os desejos do consumidor. Como? Arriscando.
Risco, outro legado vivido intensamente pelo fundador da Apple. Assumir o risco é assumir a