Ezquisoparanóide

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POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE

(Tânia) Melanie Klein elucidou alguns aspectos da vida emocional da criança durante seu primeiro ano de vida e o dividiu em posição esquizoparanóide e posição depressiva. A autora utiliza o termo posição por não considerar que esta seja uma etapa da vida que apresenta um término, mas sim uma posição que pode reaparecer na vida adulta do indivíduo conforme situações semelhantes ocorram. A posição esquizoparanóide organiza a vida mental até aproximadamente o sexto mês de vida e se caracteriza pela angústia persecutória e pela utilização de mecanismos de defesa do ego. A angústia persecutória é resultado da divisão de objetos, com que o bebê se relaciona, em objetos parciais, um exemplo da divisão de um objeto é o seio materno. O bebê no início da vida é governado pelo princípio de prazer e processos primários, por isso tenta a eliminar o desprazer quando o sente, neste caso, como o bebê é governado pelos processos primários, o desprazer é percebido de maneira desorganizada. Assim, uma forma de tentar eliminar o desprazer é alucinando o objeto que eliminaria o desprazer. Quando o bebê sente um desconforto e o seio materno elimina este desconforto, a representação mental que o bebê registra é de um seio “bom”, gratificador, do contrário, se a manifestação de desconforto do bebê não for atendida ou não for atendida de imediato, o bebê alucina a sensação de conforto que o seio materno proporciona nessas condições, mas sua necessidade não é satisfeita e o desprazer tende a aumentar, provocando a representação de um seio “mau” pelo bebê. Conforme o desprazer aumenta e não é eliminado, o seio “mau” é entendido como um objeto persecutório, resultando na angústia persecutória. Esta, portanto, é conseqüência de uma frustração causada pelo objeto que originalmente eliminaria o desprazer, e em um dado momento não o elimina. Assim, a angústia persecutória representa uma ameaça dos objetos maus e perseguidores em relação aos bons

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