extração

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Muitas pessoas me perguntam se o chá é frio, quente, como se faz. Outros dizem que o calor estraga a qualidade da ervas e assim por diante. Por isso resolvi desenvolver um texto que explicação essas dúvidas abrindo portas para outros textos mais específicos.
Primeiramente para que uma planta medicinal seja seca ou natural na forma de folha, flor, fruto, raiz etc. necessitam de algumas “artimanhas” para que se possa extrair os princípios ativos de forma adequada para se obter a ação terapêutica desejada.
Vou novamente ressaltar que as plantas produzem metabólitos primários e secundários sendo os primários os essenciais para sua existências e os secundários suprindo necessidades conforme situação.
Para comentários sobre o calor da fervura ser nocivo e danificar os ativos da plantas medicinais faremos algumas observações:
Logicamente as temperaturas elevadas em extremos podem ser prejudiciais, mas se tratando de ebulição para infusão ou decocção de plantas rasuradas temos a necessidade do calor.
Isto porque precisamos extrair das células os ativos e uma forma fácil, eficaz e rápida de se obter é através da fervura.
Os princípios ativos das plantas medicinais são produzidos por células denominadas secretoras. Os nomes são variados de acordo com o tipo de ativo e da localização do mesmo.
Retiramos através do calor da célula porque a membrana celular de uma planta tal como a dos animais é revestida de uma camada lipoproteica, e as proteínas em temperaturas altas se desnaturam e também ajuda a quebrar pontes de hidrogênio, facilitando a saída de dentro da células.
Sabemos que as proteínas são importante no aspecto nutricional, porém os princípios ativos encontrados nas plantas não são proteicos e na sua maioria são glicosídeos.
Eis o porquê um chá medicinal consegue dispor ao corpo a ação terapêutica. Em geral preparos frios sem aquecimento prévio não tem efeito terapêutico desejado.