experiencia

Experiência 15 – Corrosão por Aeração Diferencial e Corrosão por Frestas

1. Sinopse teórica.
A diferença de concentração de espécies eletroquimicamente ativas pode originar regiões anódicas e catódicas. Quando a concentração de ar dissolvido varia de uma região para outra, forma-se uma pilha de aeração diferencial ou de oxigenação diferencial, onde a reação com oxigênio é fundamental. As regiões mais aeradas são catódicas, e as menos aeradas são anódicas.
Um caso interessante é a corrosão sob uma gota de líquido corrosivo em contato com uma chapa metálica (1):
No início, as regiões anódica e catódica se distribuem aleatoriamente no interior da gota. A corrosão acontece nos pontos mais ativos (regiões deformadas ou heterogêneas etc.) (2);
À medida em que a corrosão progride, o oxigênio dissolvido no líquido é consumido pela reação catódica. A reposição de oxigênio ocorre por difusão do ar na interface líquido-ar (3);
Atingido o equilíbrio, a corrosão se dá no centro da gota (região pobre de oxigênio), enquanto o processo catódico se desenvolve nas bordas. O centro da gota fica azul, devido à oxidação do ferro e à formação do Fe3[Fe(CN)6]2; as bordas ficam rosadas por causa da reação catódica, que produz OH– em presença de fenolftaleína.

A corrosão por aeração diferencial é responsável por grande número de casos de corrosão em tanques de aço com soluções aquosas estagnadas, tubulações parcialmente enterradas, tubulações sujeitas à deposição de partículas sólidas, chapas metálicas superpostas em local úmido etc.
Também, a corrosão por frestas é causada por um gradiente de concentração, mas de concentração do meio corrosivo. Forma-se desse modo uma pilha de concentração, comumente na ausência de oxigênio.
O meio corrosivo penetra em uma fresta suficientemente larga para ele se alojar, e suficientemente estreita para mantê-lo estagnado. São suficientes frestas de poucos décimos de milímetro, tais como junções, soldas mal acabadas e depósitos de graxa,