exercito brasileiro

Devido às diversas mudanças de comportamento que vem ocorrendo no mundo, relacionadas à supervalorização do meio ambiente (preservação dos recursos naturais por meio da sustentabilidade) e da melhoria na qualidade de vida e saúde, as pessoas estão cada vez mais aderindo ao uso da medicina alternativa que inclui tratamentos naturais como acupuntura, homeopatia e fitoterapia. Estimativas revelam que pelo menos 25% de todos os medicamentos modernos derivam diretamente ou indiretamente de plantas medicinais, sobretudo por meio da aplicação de tecnologias modernas ao conhecimento tradicional (WHO, 2011).
Outro fator que justifica a importância da escolha deste tema é sua relevância para o desenvolvimento científico de nosso país, pois embora o Brasil seja detentor da maior diversidade biológica do mundo, o conjunto de todos os seres vivos e sua variabilidade genética integral ainda não é conhecida com precisão, bem como sua complexidade. Estudos estimam que haja aproximadamente dois milhões e meio de espécies distintas de plantas, animais e micro-organismos. Tal magnitude da biodiversidade brasileira tem colocado o país em posição de destaque em todo o mundo e por isso é necessário haver maiores investimentos de pesquisas nessa área uma vez que o potencial de uso de plantas, como fonte de novos medicamentos, ainda é muito pouco explorado. Pesquisas revelam que entre as 500 mil espécies de plantas estimadas em todo o mundo, somente uma pequena percentagem tem sido investigada fitoquimicamente, o que também ocorre em relação às suas propriedades farmacológicas que, em muitos casos, possuem apenas estudos preliminares. No que concerne ao uso medicinal, estima-se que somente 5 mil espécies foram analisadas (RATES, 2001). No caso do Brasil, com cerca de 55 mil espécies de plantas, existem relatos de investigação de apenas 0,4% da flora (GURIB-FAKIM, 2006).
Mediante sua importância, a fitoterapia, objeto deste estudo, tem se destacado muito por uma série de fatores que