Exegese de Juizes 19 a 21

9032 palavras 37 páginas
FIDES REFORMATA XVI, Nº 2 (2011): 9-26

CERTO TIPO OU UM TIPO CERTO DE AMBIGUIDADE?
UMA EXEGESE DE JUÍZES 19
Danillo Augusto Santos*

RESUMO
Este artigo é uma exegese que busca entender como interpretar ambiguidades bíblicas, especialmente em textos narrativos do Antigo Testamento. O
DXWRUREMHWLYDPRVWUDUFRPRHSRUTXHRWH[WRGH-Xt]HVWHPVLGRJUDQGHmente debatido em círculos acadêmicos, examinando diferentes ambiguidades encontradas nessa narrativa. Há várias omissões do narrador de Juízes 19 que
SRGHP VHU FRQIXVDV SDUD R OHLWRU GR VpFXOR  XPD LPSUHFLVmR VXEMHWLYD o anonimato dos personagens e um aparente silêncio moral. Desse modo, o autor procura mostrar em seguida que, ao se interpretar o texto de Juízes 19 levando-se em conta os princípios de seletividade narrativa e dos contextos próximo e distante, as ambiguidades e omissões se encaixam perfeitamente no significado pretendido em um texto que fala principalmente da ausência de um rei para Israel.
PALAVRAS-CHAVE
([HJHVHEtEOLFD1DUUDWLYD$PELJXLGDGH7H[WXDO6HOHWLYLGDGH2EMHWLYD
INTRODUÇÃO
O texto de Juízes 19 tem sido grandemente debatido em círculos acadêmicos. Perguntas como: Qual foi, na verdade, o pecado de Gibeá (se realmente houve um pecado)? De quem é a culpa? Do levita? Da concubina? Do sogro?

*
O autor é formado em Literatura Inglesa e Línguas Bíblicas pelo The Master’s College, em
Santa Clarita, Califórnia. Atualmente cursa o seu M. Div. em Exegese Bíblica no Seminário Teológico
5HIRUPDGRHP-DFNVRQ0LVVLVVLSLeUHVSRQViYHOSHORPLQLVWpULRFRPLQWHUQDFLRQDLVQD,JUHMD3UHVELteriana Pear Orchard, em Ridgeland, Mississipi.

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DANILLO AUGUSTO SANTOS, CERTO TIPO OU UM TIPO CERTO DE AMBIGUIDADE?

Quem matou a concubina? e outras dominam o debate acadêmico contemporâneo sobre o texto.1 A razão pela qual esse texto tem gerado tanta discussão é que ele está repleto de afirmações ambíguas, de lacunas na narrativa, de personagens anônimos e, a não ser a frase inicial de 19.1

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