Evolução do design brasileiro

A evolução ocorrida no Brasil no âmbito do Design e da tecnologia iniciou-se a partir da vinda da Cultura Pós-Moderna e da era Pós-Industrial. A Cultura Pós-Moderna, “pode ser entendida como um fenômeno múltiplo em forma de cultura e sociedade” além de ser uma prévia da segunda modernidade que se estabeleceu. Ao contrário da primeira modernidade, que era voltada ao domínio da ciência e da técnica, em outras palavras, uma sociedade programada e projetada para o bem de todos; a segunda modernidade nada mais é do “que a junção de diferentes cenários e sequências que sucederam ao Moderno”, muitas vezes apresentando-se contraditórias e de limites indefinidos, este modelo apresentou ao mesmo tempo uma consequência e uma contestação dos ideais modernistas. A segunda modernidade pode apresentar-se também através da passagem da aplicação à experimentação, o que refletiu em todos os segmentos e atividades, principalmente na área do design.
Exemplos como os manifestos, Pau Brasil e o antropofágico, ambos de Oswald de Andrade, “colocaram em evidência a absorção das influências das correntes artísticas europeias, e passaram a adequá-las à cultura local”, estes acontecimentos contribuíram em muito para a vanguarda intelectual do Modernismo brasileiro.
Estas referências foram fundamentais para evidenciar os aspectos positivos da multiculturalidade brasileira, mas por outro lado, anteciparam o nascimento de um modelo de globalização que se definiu anos depois. Este fenômeno da globalização, apesar de impreciso, possibilitou uma maior interação entre povos de diferentes culturas, mas ao mesmo tempo, além de promover transformações comportamentais, colocou em risco características da cultura local, no que diz respeito à unicidade da identidade cultural do seu design.
Com este novo cenário, grande parte dos problemas que antes pertenciam apenas a uma determinada região, passou a ser de interesse geral, da mesma forma, assistimos uma nova realidade na força produtiva industrial não