Evolução das Técnicas Construtivas no Brasil
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NO BRASIL
O revestimento das paredes tinha por finalidade além do embelezamento arquitetônico a proteção contra as intempéries. O método era bem simples, consistia em um emboço de barro com um reboco de cal e areia. A pintura era do tipo caiação, a cal era proveniente da incineração de conchas e mariscos. Isso tornava a cidade monotonamente branca. O contraste ocorria nas esquadrias que eram pintadas em cores vivas, com uma base de cola ou óleo misturada com pigmentos naturais como o urucum ou o açafrão.
Nas moradias mais simples o piso era de terra batida, que utilizava o barro misturado a algum aglomerante rudimentar e submetido ao apiloamento, processo semelhante à taipa de pilão.
Em moradias com maior status predominava o piso de pedras, feito com pedras de diferentes tamanhos argamassadas com barro. Para o interior utilizava-se pedras de menor dimensão ou seixos-rolados de rio. A mesma técnica era utilizada para a pavimentação das vias, o calçamento "pé-de-moleque" ou "calçada portuguesa". Muitos afirmam que as pedras da calçada foram trazidas de Portugal, como lastro nas embarcações, por isso o nome pedra portuguesa, mas na verdade foi a técnica que os portugueses trouxeram para o Brasil, adaptando-a aos tipos de pedras aqui encontradas. É chamado Pé de Moleque porque as crianças é que acomodavam as pedras com os pés, se elas não se acomodassem na areia, é porque está errado e mal colocado.
Nos ambientes de menor status o piso era de peças de barro ou revestido com o próprio tijolo, mesmo que este não apresentasse resistência à tração e à abrasão.
Com a evolução da marcenaria e a ainda abundante oferta de matéria-prima, surgiram os pisos e também forros de madeira. Que apresentam vantagens como boa resistência, conforto térmico, grande durabilidade e facilidade de limpeza. Além de um belo aspecto visual, representando status, luxo e ostentação.
A chegada da família real portuguesa em 1808 e da