Evollução de enfermagem

3354 palavras 14 páginas
ÁFRICA E AFRICANIDADE EM “LUANDA, BEIRA, BAHIA” DE
ADONIAS FILHO.
Luiza Nascimento dos REIS luizanr@hotmail.com Graduada em História - UESC
Em 1971, Adonias Aguiar Filho publicou Luanda, Beira, Bahia[1], obra que pode constituir-se, a partir de uma abordagem histórica, numa fonte para a construção do conhecimento no que diz respeito às relações entre Brasil e África. Ora na Bahia (Brasil), ora em Angola, passando por outros países africanos como Moçambique e São Tomé, vamos conhecendo em
Luanda, Beira, Bahia a trágica história de amor entre Caúla e Iuta. Ele, o marinheiro brasileiro, nascido em Ilhéus, na Bahia e ela angolana, moradora no cais de Luanda. Irmãos carnais que se encontram, se apaixonam e se unem desconhecendo o parentesco. Os dois são filhos de João Joanes, o marinheiro brasileiro conhecido como Sardento, mas que, durante o tempo que viveu em Angola assumiu a identidade de Vicar. Os três descobrem em Ilhéus, ao mesmo tempo, os laços que os uniam e, diante de tamanha situação, o pai põe fim à vida dos filhos e à própria vida como forma de reparar a tragédia que havia promovido. Foi devido ao envolvimento involuntário de Sardento num esquema internacional de tráfico de pedras de diamantes da Bahia e de Luanda que ele constituiu uma segunda família em Angola, quando lá se refugiou. A leitura deste romance suscita algumas questões. De que forma as ligações que existem entre o Brasil e países da África presentes na narrativa ficcional podem ser representativas das relações existentes entre os dois lados do
Atlântico? Como essa obra, que aborda certa proximidade econômica e cultural entre o Brasil e
Angola, pode se fazer útil para compreendermos aspectos da africanidade que o Brasil possui?
Nascido em Ilhéus, Adonias Filho construiu romances que corroboraram para a construção da identidade regional. Seus textos pertencem a 3° geração do modernismo, a fase regionalista, tendo como principal foco a produção cacaueira no sul da

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