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Analisando o texto “O domínio holandês na Bahia e no Nordeste” de José Antonio Gonsalves de Mello, vemos que o interesse dos mercadores holandeses antecedeu de muito os ataques à Bahia, em 1624 e, em 1630, contra Pernambuco, cometidos pela Companhia das Índias Ocidentais. Esses ataques podem ser explicados pela dependência de uma parte da economia holandesa pelo açúcar brasileiro. Para explicar essa situação, o autor recua um pouco no tempo para melhor mostrar a perspectiva dos acontecimentos que se desenrolaram no Brasil na segunda e terceira décadas de 1600.

Portugal e Holanda tinham uma boa relação comercial, quando navios holandeses traziam produtos do norte da Europa – trigo, madeira, metais e manufaturas – como também os de suas próprias indústrias – peixe, manteiga e queijo; como troca carregava sal grosso, vinhos, especiarias e drogas do Oriente e da África, açúcar e madeiras do Brasil. Por algumas vezes sofreram repressão nos portos portugueses, por ordem dos Filipes, causando interrupções no comércio, o que forçou os holandeses a procurar os mesmo produtos em Cabo Verde, principalmente o sal, que era essencial às indústrias do pescado e dos laticínios. Porém, como era indispensável a navegação dos mesmos para Portugal, os Reis da Espanha cederam aos protestos dos mercadores e logo depois assinaram a Trégua dos Doze Anos (1609-21) para selar a paz espanhola com os Países-Baixos e, com isso, reiniciando o comércio luso-holandês.

O autor também enfatiza o predomínio de capitais e transportes que, em uma representação dos mercadores dessa nacionalidade em 1622, pode-se observar que durante a trégua de 1609-21, cerca de 40 a 50 mil caixas de açúcar tinha sido levadas para lá, anualmente, do Brasil, sendo notório o aumento do número de refinarias que, em 1594, existiam 3 ou 4, subindo para 29 no ano de 1622, sendo 25 só em Amsterdã. Sendo assim, fica explícito o grande interesse dos holandeses pelo açúcar. Com o fim da trégua, reiniciou-se a

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