Eutanásia

EUTANÁSIA
A morte é a única certeza de quem está vivo. Apesar da certeza de que morreremos um dia, o morrer é pouco discutido entre as pessoas. Isso geralmente acontece quando se tem uma situação de sofrimento irreversível, como nos casos de pacientes terminais com câncer, AIDS ou doenças degenerativas.
A interferência humana na morte ganhou maior relevância no século XX, com a evolução biotecnológica. Atualmente é possível prolongar a vida, mesmo sem nenhuma perspectiva de cura ou conforto. (VILAS-BÔAS ME, 2008 ) Em alguns lugares, também é possível acabar com o sofrimento de um paciente terminal através da eutanásia.
A palavra eutanásia deriva do grego eu (bem) e thanatos (morte), significando a boa morte, morte suave, calma, doce, indolor e tranquila
No Brasil a eutánasia é crime, assim como na maior parte dos países do mundo. Aqui é tratada como homicídio, podendo ter atenuação na pena pelo relevante valor moral que motivou o agente (D’URSO). É legalizada apenas na Holanda, Suíça e Bélgica. Nesses países, a eutanásia é realizada acatando alguns critérios (SANTORO, 2010): realização apenas por médico; que o paciente seja adulto ou emancipado, com plena capacidade de consciência quando do seu pedido; que o pedido seja voluntário; que o paciente se encontre em condição de saúde irremediável, com queixa de sofrimento físico e mental, constante e insuportável, que não possa ser minorado de outra forma; que paciente esteja acometido de doença grave e incurável; que a persistência no tratamento cause sofrimento físico ou mental ao paciente.
Os critérios para realização da eutanásia devem ser bem definidos e cumpridos, para que se não caracterize crime, mesmo onde ela é legalizada. Todos os pacientes submetidos a eutanásia devem ter no seu atestado de óbito a causa da morte como uma causa não-natural. É feito avaliação dos casos por uma coorte especializada.
Nós evoluimos muito com a resolução 1805 do Conselho Federal de Medicina e a legalização da