Eutanásia

673 palavras 3 páginas
EUTANÁSIA

Morrer, que me importa? [...] O diabo é deixar de viver?
Mário Quintana

CONCEITO DE DIGNIDADE NA CONTEMPORANEIDADE
RESPEITO PELA DIGNIDADE HUMANA OU RESPEITO PELO DIREITO DE MORRER COM DIGNIDADE?
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Carta das Nações Unidas declara em seu preâmbulo que os povos unidos nessa instituição estão “decididos a proclamar de novo sua fé nos direitos humanos, na dignidade e no valor da pessoa humana”. A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada pelas Nações Unidas em 1948 afirma em seu preâmbulo: “o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. E no artigo primeiro afirma: “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Eles são dotados da razão e de consciência e devem agir uns com os outros num espírito de fraternidade”.
Conceito que se tornou AMBÍGUO
Uma expressão em particular se espalhou pelas sociedades ocidentais, a da “morte com dignidade”.
Mas, então, o que significa dignidade?
Dignidade sem designar a capacidade de decidir e de agir por si mesmo, que denominamos autonomia e autodeterminação, independência, e a qualidade da imagem que se oferece de si mesmo ao outro.
Onde, então, a visão clássica da dignidade humana reforça o valor inalienável da pessoa e uma postura de respeito, a linguagem de “morte com dignidade” leva a afirmar uma “perda de dignidade” que só pode ser evitada com uma morte voluntária.
Mas, cabe lembrar, que a pessoa é o único juiz da qualidade de sua vida e de sua dignidade. Ninguém pode julgar em seu lugar: a dignidade depende da liberdade de cada um.
Valadier (2003, p. 48): [a dignidade] ela se torna o olhar psicológico que cada um lança sobre si mesmo; um paciente pede um gesto de morte porque ele não se acha mais digno, diante de seus próprios olhos, de continuar uma existência que ele sente

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