eutanásia infantil
O presente ensaio visa discutir o tema da “eutanásia infantil” e tem por objetivo responder às questões: “Será a eutanásia infantil eticamente permissível, porquê?”. Antes de expressar a minha opinião acerca desta problemática, começarei por esclarecer o problema filosófico, nomeando e distinguindo os conceitos gerais do tema em questão. Por isso, apresentarei argumentos a favor e contra a “eutanásia infantil” e exporei a minha opinião pessoal acerca deste tema e dos argumentos apresentados anteriormente.
Desde já afirmo que concordo com a prática da “eutanásia infantil”, considerando-a assim moralmente aceitável.
Antes de abordar o problema filosófico: “Será a eutanásia infantil eticamente permissível, porquê?”, começarei por esclarecer alguns conceitos tais como, “eutanásia infantil”, “eutanásia passiva”, “eutanásia ativa”, “eutanásia voluntária”, “eutanásia involuntária” e “eutanásia não voluntária”.
Na discussão em torno da distinção entre a “eutanásia ativa” e a “eutanásia passiva”, ao que vulgarmente se associa, “matar” ou “deixar morrer” respetivamente, a maioria pensa que “matar” é moralmente pior do que “deixar morrer”. No entanto, existem autores, tais como, James Rachels, que consideram que “a simples diferença entre matar e deixar morrer não produz, por si uma diferença moral. Se um médico deixa morrer um paciente por razões humanitárias, encontra-se na mesma posição moral que se tivesse dado ao paciente a injeção letal, por razões humanitárias”. (James Rachels, 1975: p.58) Para provar esta afirmação Rachels apresenta um exemplo: Smith e Jones podem lucrar com a morte de um familiar mas enquanto Smith entra na casa de banho e afoga a criança que tomava banho, Jones age de forma igual, mas quando ia a afogar a criança, repara que esta se está a afogar sozinha, não lhe prestando qualquer ajuda e deixando-a afogar-se. Rachels acredita que não há diferença moral pois ambos agiram com o mesmo objetivo, o ganho