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A prática da eutanásia

INTRODUÇÃO A eutanásia é um dos principais problemas da bioética, juntamente com o aborto, pois diz respeito a questões cruciais da vida como; o direito de viver, de morrer e a quem pertence esse direito. Vários segmentos da sociedade reivindicam esse direito. A igreja defende o caráter sagrado da vida, o Estado defende os interesses políticos e econômicos da eutanásia. Muitas vezes a eutanásia é vista como um meio de se resolver o problema da superlotação dos hospitais e consequente baixa nos gastos públicos com saúde, visando objetivos utilitaristas e não humanitários, vemos a chamada “mistanásia”, morte pelo simples fato de ser pobre, sobre isso fala Leocir Pessini: “ É chocante, e até irônico, constatar que a mesma sociedade que negou o pão para o ser humano viver, pretenda oferecer-lhe, como prêmio de consolação, a mais alta tecnologia para o “bem morrer” (PESSINI, 2008,pag.176) 1.1 ETIMOLOGIA Etimologicamente o termo eutanásia vem do grego “eu” bom, e “thanatos” morte, sendo assim, eutanásia significa boa morte, tal termo significa exatamente o que os estóicos entendiam por morte, eles diziam que os sábios deveriam aceitar a morte com alegria, quando a vida não tivesse mais sentido, assim pensava Sêneca. O termo foi usado e desenvolvido por Francis bacon em sua obra “Historia vitae et mortis”, Bacon definiu a eutanásia como procedimento usado em doentes irrecuperáveis. 1.2 BREVE PANORAMA HISTÓRICO A eutanásia não é uma prática que nasceu na Idade Moderna, desde a Antiguidade era praticada em diferentes civilizações. Nas comunidades celtas, era comum que os filhos matassem os pais quando estes já estivessem velhos e debilitados. Na Índia, era comum que os doentes terminais fossem jogados no rio Ganges, depois de terem suas bocas e narizes cobertos com lama sagrada. Em Esparta, atiravam-se os bebês que possuíam algum defeito congênito do alto de um monte. Platão defendia no livro três da

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