Eumetazoários: caracterização geral e morfofisiologia

Eumetazoa (=animal verdadeiro) compreende um sub reino dos Metazoa que se diferem dos Parazoa (=próximo aos animais) – esponjas e placozoarios – por possuir uma organização corporal mais evoluída e próximo do que se define por animal.
Diferentemente das esponjas, os tecidos e órgãos dos eumetazoários, como trato digestivo, sistema nervoso, musculatura e gônadas, são organizados ao longo de um ou mais eixos corpóreos definidos. Além disto, os eumetazoários possuem, assim como as esponjas, o tecido conjuntivo e o tecido epitelial, sendo que este último sofreu modificações que os permitiu isolar e regular fisiologicamente os compartimentos internos do corpo. Além disto, o tecido epitelial de algumas regiões derivou músculos e tecidos nervosos que, juntos, permitiu aos eumetazoários apresentarem a evolução de corpos grandes, móveis e complexos.
O tecido epitelial foi uma inovação fundamental que permitiu a extraordinária diversificação dos animais. Um epitélio é uma camada de células que cobre as superfícies e forra as cavidades e espaços internos. Ele separa o ambiente interno e externo do corpo e separa também os compartimentos corpóreos internos com diferentes composições químicas. A pele, o forro do trato digestivo, são exemplos de epitélios.
Os corpos dos eumetazoários são coleções de compartimentos isolados, cada um regulado quimicamente para a sua função especifica. Tomemos como exemplo o estomago que necessita de condições químicas diferentes das encontradas no intestino. Quando os compartimentos são regulados separadamente, é possível adotar a especialização permitindo a evolução dos corpos para organismos mais complexos. Tal divisão de trabalho promoveu a homeostase (capacidade de controlar o ambiente interno para manter uma condição estável diante as alterações do meio) e permitiu aos animais finalmente deixarem o mar e passar a colonizar ambientes mais desafiadores como os dulciaquícola e o ambiente terrestre. Quatro características de um epitélio são