Eu e eu

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As Influências do Barão de
Münchhausen na
Psicologia da Educação
Ana Mercês Bahia Bock
De início, gostaria de esclarecer que este trabalho está guiado pelo princípio de que é preciso transformar a Psicologia, seus saberes e seus fazeres, possibilitando um compromisso maior dos psicólogos com as reais necessidades de nossa população, e com a melhoria fundamental das condições de vida.
Esta não é uma tarefa para poucos e menos ainda para pessoas isoladas que se pensam capazes desse esforço individual. É trabalho para muitos e deve ser resultante de um esforço coletivo na construção de um novo projeto de profissão.
Nesse sentido, a reflexão aqui apresentada pretende ser uma contribuição nesse campo, orientada pelo objetivo de olhar criticamente a Psicologia, para retirar dessa reflexão novas possibilidades científicas e profissionais. Não é, portanto, uma reflexão que se apresente pronta e acabada, mas é uma síntese possível para o momento.
Em meu trabalho de doutorado, tive a oportunidade de refletir sobre o significado atribuído, pelos psicólogos, ao fenômeno psicológico. Acreditava estar aí, nesse aspecto, um dos maiores problemas da Psicologia. A naturalização do psicológico, operada na Psicologia, enquanto ciência e enquanto profissão, seria o mecanismo mais eficiente para deslocar a Psicologia da possibilidade real de contribuir

Psicologia e Educação: Desafios Teárico-Prdtkos para a transformação social. Entendíamos como urgente fazer a crítica a esse processo de naturalização, para que a visão do fenômeno psicológico surgisse a partir da perspectiva histórica e, com ele. viessem novas possibilidades para a Psicologia.
Assim, dispusemo-nos a estudar o significado que psicólogos atribuíam ao fenômeno psicológico e a visão de homem subjacente a esses significados, assim como as concepções que possuíam de saúde e do trabalho do psicólogo; além disso, buscamos também estudar o significado do fenômeno psicológico presente em publicações dos órgãos da

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