etnofarmacologia

1505 palavras 7 páginas
A Etnofarmacologia não trata de superstições, e sim do conhecimento popular relacionado a sistemas tradicionais de medicina. Para apreciar o conhecimento popular é preciso admiti-lo como tal – um corpo de conhecimento, um produto do intelecto humano – e não se pode ser preconceituoso. A Etnofarmacologia é uma divisão da Etnobiologia, uma disciplina devotada ao estudo do complexo conjunto de relações de plantas e animais com sociedades humanas, presentes ou passadas (1). Defini-se Etnofarmacologia como "a exploração científica interdisciplinar dos agentes biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observados pelo homem" (2).

Como estratégia na investigação de plantas medicinais, a abordagem etnofarmacológica consiste em combinar informações adquiridas junto a usuários da flora medicinal (comunidades e especialistas tradicionais), com estudos químicos e farmacológicos. O método etnofarmacológico permite a formulação de hipóteses quanto à(s) atividade(s) farmacológica(s) e à(s) substância(s) ativa(s) responsáveis pelas ações terapêuticas relatadas (3,4,5). Assim, se Tia Pixica, Dona Lulu ou Seu Lauca dizem que as folhas de fulaninha (preparadas assim e usadas assado) curam aquele dado tipo de diarréia, o método etnofarmacológico permite a formulação de hipóteses como estas: H0= fulaninha não é útil na cura ou manejo daquele tipo de diarréia; H1= fulaninha interfere positivamente no curso natural daquele tipo de diarréia. Há na espécie algum composto com atividade antimicrobiana ou antiviral? Interfere no fluxo de água? Essas hipóteses podem ser testadas com todos os controles e rigores que qualquer ciência séria exige, levando em consideração toda a informação (incluindo modo de preparo e posologia) que traz o conhecimento tradicional.

Argumenta-se que a cultura popular identifica sintomas, mas não caracteriza ou entende as doenças como nós; conclui-se, por isso, que tais informações não servem de base útil ao desenvolvimento de novos

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